Um encontro nas montanhas

- Concordo com você, Tosher, mas no interrogatório, ele se mostrou realmente não saber que seu contratante possuía objetivos maléficos. Como apenas ele sabe do rosto do contratante, ele será de muita ajuda. E além do mais, você tem Kiri-Jolith ao seu lado.

Lothar parava de falar esperando uma resposta do clérigo.

-- Se ele sabe o rosto, faça um retrato falado, há artistas que fazem isto muito bem, a idéia de dar-lhe liberdade e confiança não me é agradável, confiança não é algo que se adquire de um dia para o outro, especialmente se no dia anterior ele tenha tentado matar-lhe. - Tosher claramente não gostara da idéia proposta.

Como uma criança que não gostou de receber uma meia de presente de aniversário, ele pergunta, na esperança boba de mudar de assunto, sabendo que aquele era inevitável:

- Quem, então, irá para Solanthus enquanto eu cuido desde mala-sem-alça aqui?

- Entendo seu descontentamento. E até, parece um pouco tolo propor isso a você, mas você é meu melhor homem. Em troca da ajuda do elfo, indicaremos um grupo de apoio as suas terras. Isso o ajudara a libertar seu povo. E nos ajudará a retirar os Cavaleiros de Neraka de lá. Acredito que isso seja o suficiente para ele nos ajudar.

Um dos cavaleiros ali presente cruzava os braços esperando a conclusão das palavras.

- Agora, quanto a sua pergunta, eu indicarei seus aprendizes para esta missão. Junto, é claro, a estes três senhores. – Apontando para cada homem no local. – A comitiva de proteção tem que ser grandiosa, pois provavelmente eles terão problemas no caminho.

- Acho que já está na hora deles ganharem um título melhor. - Responde ele ao saber dos aprendizes em sua primeira missão independente

Como alguém que fala relutantemente, ele termina:

- Pois bem, será feito, que procedimento devo tomar caso encontre o contratante? E exatamente de onde estamos falando?

- Há há há – Lothar solta uma gargalhada deixando até os menos sérios dos locais sem entender. – Realmente eles precisam de um titulo melhor.

Um do clérigos presente puxa do seu lado um porta-mapa e logo, retira de dentro um mapa da região.

- Pelo conversado, o contratante se encontra aqui. – O clérigo apontava para o Forte Vingaard. – Estamos a alguns dias de vantagem segundo Güilhaef. – Aponta para o elfo sem olhar para o mesmo. Que por acaso, ainda continuava parado e quieto no seu canto.

Lothar se pronuncia depois desta explicação.

- Quanto ao contratante, fica a seu cargo o que irá fazer. Mas precisamos saber mais sobre este livro. Não conhecemos ninguem da região que podem ler esta língua antiga. Qualquer coisa que você for fazer, pense bem nos resultados. É só este meu conselho.

- Será feito... Devemos partir imediatamente ou aproveitar esta vantagem de alguma maneira? - Responde ele enquanto se pergunta se eles teriam boas chances de sobrevivência naquela jornada... O outro grupo.

Ele então olha ao seu redor e nota silêncio

- Há mais alguma pauta para esta reunião? Que fim teve Morgans e compania?

Isso ficara a seu critério. – Responde o clérigo com o mapa.

Lothar se levanta escutando a última pergunta de Tosher.

- Não, estamos entendidos já. Quanto a Morgans, dei uma boa quantia em PO para ele e dissse que estava livre para ir onde quisesse. Contanto que não viesse a fazer nada na cidade.

- Sim... há algo que não mencionei antes, talvez o desaparecimento de Menfis esteja relacionado com estes... Ultimos acontecimentos, ontem questionei Ravael sobre isso, mas... Um dragão nos atrapalhou. - Ele termina com uma risada como alguém que ri de uma desgraça

Se levantando, ele termina:

- Pois então creio que isto resolve nossos problemas, Bellasco, gostaria de ter uma palavra contigo ...Sr. Güilhaef, me encontre em 10 minutos no salão principal...

Ele aguarda então para saber se mais alguém tinha algo a comentar, então faz um sinal para seu aprendiz o acompanhar, e sai dali. Seguindo até um local onde teriam privacidade, pergunta:

- Seja sincero, qual teu ponto de vista sobre aquele elfo? Ficaste responsável por ele ontem, se há alguém que pode me dizer isto com certeza, és tu.

O elfo apenas confirmava com a cabeça e se retirava logo após Lothar. E depois, Bellasco fazia o mesmo esperando que Tosher o guiasse.

- Entendo... – Bellasco parava por um momento tentando formular as palavras para não sair nada errado.

- Achei meio estranho quando Lothar propôs esta questão para mim, mas no final, eu até que concordei. O elfo sempre se mostro meio indiferente as questões, mas logo começo a falar e demonstrar o real motivo de tudo. Ele pareceu uma pessoa justa, porém teve sua missão comprada pro pessoas malignas.

Dando uma pequena pausa seguida de alguns passos, Bellasco continua.

- Ele disse que não pretendia matar ninguém, só queria completar aquilo para que tinha sido pago. Porém ele não tinha conhecimento de tal mal ainda. Agora não sei dizer sobre o que ele realmente quer. Depois da morte dos companheiros, do lobo e ainda ser acusado a ponto de ir preso... Não sei qual vai ser a reação depois que ele pegar os itens. Mas sei, que ele quer muito livrar seu povo. Deu para perceber isso nos olhos dele.

- Entendo, se é assim, creio que é possível, embora temo que será uma jornada difícil de lidar... - Diz ele ao se levantar

Tocando em seus ombros, o mesmo lhe diz:

- Mas a sua será ainda mais difícil, sei que estão tensos por ser sua primeira missão sem mim, mas confiem em si mesmos, façam o que fizeram ontem, e ficarão bem. - Termina ele com um sorriso, daqueles que aumentam a moral de muitos. - Eles possuem poderes arcanos em área, poderosos, procurem ficar espaçados e protegidos... Boa jornada - Diz ele piscando-lhe amigavelmente antes de sair

Pedindo que um dos responsáveis pelo templo providenciasse que Brutus e outro cavalo ficassem prontos para mais uma jornada, ele segue finalmente segue até o elfo, e lhe diz:

- Sei que nada que eu possa lhe dizer irá reparar que o que lhe foi feito, logo não irei fazer nada, mas tenha algo em mente, eu não me arrependo de tê-lo feito, faria-o denovo, se necessário... Siga-me, vou lhe devolver seus pertences.

- Seguirei seus conselhos, Tosher. A partir de hoje, seremos companheiros de aventura e não mais, mestre e aprendiz. Mas eu agradeço por tudo que fez pela gente.

O clérigo segue seu caminho até se encontrar com o elfo, que por sinal, não perdia a oportunidade de provocar o mercenário.

- Sei bem o que quer dizer... Se eu estivesse no seu lugar, faria o mesmo. Mas um cavalo é mais difícil de matar que um lobo, não? – Diz o elfo sem mostrar muitas expressões.

Chegando no local onde os itens mágicos foram deixados para avaliação prévia, ele diz:

- E então, algo interessante sobre estes itens? A propósito, quero que devolvas alguns ao dono. - Diz ele apontando para o elfo, enquanto aguarda que ele os liste.

Seguindo então até onde os cavalos estão prontos, Tosher pergunta:

- Partiremos assim que nos prepararmos para a jornada, ou seja, providenciarmos mantimentos, mas... Diz-me, que história queres ouvir? - Pergunta ele fazendo referencia á conversa que tiveram no dia anterior, em que se recusou a contá-la.

- Só por serem itens mágicos, já são de muito interesse. É uma pena ter que desfazer deles...

O elfo esperando o momento certo, ele se aproxima do homem e começa a pegar suas coisas de volta.

- O que faço com os itens restantes, senhor Tosher?

Antes mesmo que o clérigo pudesse responder, o homem se aproxima e começa a avaliar os trajes do clérigo.

- Sua armadura está um lixo. Não quer que eu dê um jeito nela?



-=-=-
OFF: Vo segurar esta sua última frase até o momento mais oportuno a responder.

Ao ouvir o questionamento, Tosher responde:

- Venda-os, equipe os clérigos, pouco me afeta.

Ouvidas as palavras do ferreiro, e sabendo que de fato a armadura não estava em boas condições, ele diz:

- Infelizmente não temos muito tempo a dispor, serias breve?

- Posso fazer um ótimo trabalho com suas coisas... Precisaria apenas de um dia e uma noite. O que achas?

O homem fitava o clérigo por todos os ângulos, já imaginado como seriam as mudanças.

- Posso também dar um jeito na suas armas... Afinal, você não pode partir na sua viagem sem darmos um jeitinho em algumas coisas, certo?

Neste momento, ele parara abrindo um enorme sorriso em frente ao clérigo.

Ao ouvir as palavras do homem, Tosher fita o elfo:

- Exatamente quantos dias temos de vantagem em relação aos mesmos?

Caso forem mais de 2 dias, ele responde:

- Pois bem, dê-me alguns minutos e lhe entregarei as mesmas. - Diz com um sorriso cordial

Ele então se vira para o elfo:

- Tens, neste caso, um dia livre, descançe, faças o que quiser, mas se quiser sair da cidade, precisarás de uma escolta, eu fornecerei uma se quiseres enterrar teu lobo, caso contrário, recomendo que permaneça aqui, é uma das maiores cidades do continente, não faltará o que fazer. Há poucas saídas, e teu rosto é conhecido, não me faça perder tempo.

Com uma simbólica despedida de mão, ele então se retira, acompanhando o ferreiro enquanto lhe conta o que causou tantos estragos, com certeza aumentando um pouco o duelo contra o dracolich onde "chegou a quebrar alguns de seus ossos"...

Niff, volte a postar no seu tópico e Hitoshura, começa a postar no tópico Em Busca de Respostas.